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Insurtechs: o que são e quais os impactos que trazem ao mercado de seguros e resseguros

16 de fevereiro de 2022

Imagem: envato elements

O mercado de seguros faz parte dos inúmeros setores que precisaram se adaptar às transformações digitais e se adequar à necessidade crescente da digitalização.  É nesse cenário que as Insurtechs passam a ter mais relevância. Essas empresas de tecnologia focadas no segmento de seguros não param de crescer, confirmando a tendência de que a inovação continuará sendo prioridade, na busca por mais eficiência e processos que facilitam a vida do consumidor.  

Entre janeiro e agosto de 2021, o setor de seguros brasileiro arrecadou R$ 198,76 bilhões, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). O montante corresponde a R$ 25,61 bilhões a mais do que no mesmo período de 2020: crescimento de 14,4% e representa 6,6% do Produto Interno Bruto nacional (PIB). Além disso, de acordo com o “Insurtech Report”, realizado pelo hub de inovação aberta Distrito, em 2019, constatou-se um aumento de 47% no número de startups focadas em seguros, em comparação a 2018. Quase metade (47,8%) tem foco em Infraestrutura e Backend, à frente de parcerias com seguradoras já existentes. Logo atrás, ficam Produtos e Distribuição (31%), Marketplace e Comparação (14,2%) e Serviços Adicionais (7,1%). 

Confira também: Mercado de seguros e resseguros permanecerá em alta em 2022 

Mas, afinal de contas, quais são as características das Insurtechs? 

As Insurtechs visam agilizar processos burocráticos, facilitar a contratação, criar produtos com base em dados, reduzir os preços de contratos e compreender o comportamento digital. Essas empresas buscam resolver as dores dos clientes e melhorar a eficiência dos processos. 

Marcia Cicarelli, sócia da área de Seguros e Resseguros do Demarest, explica que existem dois tipos principais de Insurtechs: as seguradoras digitais propriamente ditas, que têm atuação 100% online, e as empresas que não são seguradoras digitais, mas estão dentro do processo de operacionalização das seguradoras. “A Insurtech não precisa ser um serviço completamente digital, pois também pode ser inserida em algum processo específico que facilite a vida do consumidor por meio da tecnologia. Por exemplo, temos Insurtechs na parte de distribuição de seguros, inspeção de veículos, análise de risco e processos de sinistro”, diz.

Quase metade das Insurtechs nasceram entre 2016 e 2019. O crescimento do número de empresas do setor pode ser atribuído, entre outros fatores, às regulações que alteram a lógica do mercado e dão espaço para que seguradoras e Insurtechs alcancem novos clientes, além de aprimorar a experiência dos clientes. Junto a isso, o crescimento das inovações tecnológicas e a rápida contratação de serviços trouxe um ganho significativo para o mercado de seguros, evidenciando uma grande oportunidade de expansão. Os consumidores também estão mais exigentes e ligados às praticidades que a tecnologia pode oferecer, buscando facilidade nos atendimentos e produtos ofertados. 

O futuro das Insurtechs

O mercado não para de oferecer oportunidades para as Insurtechs. Além de terem a liberdade de conquistar tanto clientes pessoas físicas quanto jurídicas, essas empresas digitais se diferenciam por oferecer condições mais atrativas aos seus clientes. Porém, é válido ressaltar que a atuação de qualquer seguradora, seja ela física ou digital, precisa necessariamente passar pela aprovação da Susep, trazendo mais segurança ao consumidor

Diante disso, Cicarelli vê boas perspectivas para o setor nos próximos anos. “Com a inteligência artificial sendo usada a favor dos usuários e seguradoras, o mercado de seguros segue em uma toada de crescimento e as Insturechs têm muito espaço para atuarem ainda, trazendo uma eficiência e penetração cada vez maiores”, afirma.


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