COP 28 e medidas para o setor energético brasileiro
Em 13 de dezembro de 2023, foi realizada a 28ª Conferência das Partes (“COP 28”) em Dubai, que abordou diversas pautas de suma importância para a transição energética. Nos tópicos abaixo estão as principais medidas do setor energético:
- Hub de Hidrogênio Brasil-Reino Unido: O Brasil e o Reino Unido formalizaram acordo bilateral para desenvolver o “Hub de Hidrogênio Brasil-Reino Unido”. O acordo visa desenvolver pesquisas e promover avanços tecnológicos para impulsionar os investimentos em hidrogênio de baixo carbono. Clique aqui para acessar a notícia na íntegra
- Aliança Global de Eólica Offshore: Em 04 de dezembro de 2023, foi formalizada a adesão do Brasil à Aliança Global de Eólicas Offshore (“GOWA”). Clique aqui para acessar a notícia na íntegra
- Declarações para certificação e comércio de hidrogênio são assinadas: O MME assinou duas declarações para (i) reconhecimento mútuo dos sistemas de certificação de hidrogênio de outros países; e (ii) proposição de ações com vistas ao desenvolvimento do comércio internacional de hidrogênio. Clique aqui para acessar a notícia na íntegra
- Doação da Noruega ao Fundo Amazônia: A Noruega anunciou a doação de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 250 milhões) para o Fundo Amazônia. Clique aqui para acessar a notícia na íntegra
- Relatório da COP: Em 13 de dezembro de 2023, foi disponibilizado o relatório final da COP, firmando o compromisso das partes em reduzir o uso dos combustíveis fósseis até 2050, bem como triplicar a capacidade de energia renovável até 2030. Clique aqui para acessar a notícia na íntegra
Governo brasileiro anuncia investimentos de R$ 20 bilhões para desenvolvimento e inovação na área de transição energética
Em 1º de dezembro de 2023, durante a 28ª edição da Conferência das Partes (“COP 28”), realizada em Dubai, o governo brasileiro divulgou um investimento de mais de R$ 20 bilhões para apoiar projetos voltados para a transição energética, bioeconomia e descarbonização da indústria e mobilidade avançada no Brasil. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Financiadora de Estudos e Projetos (“Finep”) e o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (“BNDES”) elaboraram os cinco editais do programa Mais Inovação Brasil.
Do montante total, R$ 20 bilhões serão divididos entre a Finep e o BNDES e disponibilizados como crédito, oferecendo as melhores condições de financiamento do país.
Adicionalmente, por meio de chamadas contínuas, serão disponibilizados R$ 850 milhões em recursos não reembolsáveis da Finep, permitindo que as empresas realizem seus projetos de inovação mais arriscados. Esses recursos irão apoiar projetos em áreas como energias renováveis (hidrogênio de baixa emissão de carbono, geração de energia limpa e armazenamento de energia), bioeconomia (combustíveis sustentáveis para aviação, bioprodutos e química verde), mobilidade sustentável (tecnologias de descarbonização do transporte), aviação (tecnologias mais sustentáveis) e resíduos (aproveitamento de resíduos sólidos urbanos e industriais).
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BNDES e Banco Mundial firmam acordo de US$ 1 bilhão para impulsionar o setor de hidrogênio de baixo carbono no Brasil
Em 02 de dezembro de 2023, o BNDES e o Banco Mundial firmaram um memorando de entendimento com o objetivo de estabelecer mecanismos de financiamento para toda a cadeia de valor do hidrogênio de baixo carbono. O documento abrange projetos de captura de carbono, eletrolisadores e equipamentos relacionados, logística e infraestruturas compartilhadas em hubs dedicados a essa tecnologia, combustíveis sintéticos e descarbonização industrial.
O acordo, assinado durante a COP 28 em Dubai, confirma a possibilidade de cofinanciamento, garantias, financiamento de assistência técnica e o desenvolvimento de uma linha de crédito pelos bancos. O memorando também promove o compartilhamento de conhecimentos para incentivar investimentos em hidrogênio de baixa emissão de carbono no país, fortalecendo os recursos existentes e promovendo um diálogo mais amplo sobre esses temas tanto no Brasil quanto no mundo.
Durante a assinatura do documento, os representantes do BNDES e do Banco Mundial enfatizaram a importância de uma linha de crédito de até US$ 1 bilhão do Banco Mundial, destinada à criação de um fundo de riscos para apoiar projetos de hidrogênio.
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Brasil assina declarações para certificação e comércio de hidrogênio
Em 05 de dezembro de 2023, o MME do Brasil, com a intenção de impulsionar o potencial brasileiro no setor de hidrogênio de baixo carbono, firmou duas declarações na Mesa Redonda em Alto Nível de Hidrogênio, evento que ocorreu na COP 28, em Dubai, e contou com a participação de vários ministros.
A primeira declaração visa ao reconhecimento mútuo dos sistemas de certificação de hidrogênio entre os países, fortalecendo assim o Marco Legal do Hidrogênio (Projeto de Lei Substitutivo 2.308/2023), que é apoiado pelo MME e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 28 de novembro de 2023.
A segunda declaração assinada tem como meta sugerir ações públicas e privadas para o avanço do comércio internacional de hidrogênio. Vale ressaltar que o Brasil já é membro do Fórum Internacional de Comércio de Hidrogênio.
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ANP propõe revisão da resolução sobre metas de redução de emissões no RenovaBio
Em 21 de dezembro de 2023, a diretoria da ANP aprovou uma consulta pública, seguida de uma audiência, sobre a proposta de revisão da Resolução ANP nº 791/2019. Essa resolução se refere à individualização das metas anuais obrigatórias de redução de emissões de gases do efeito estufa para a venda de combustíveis, no âmbito do RenovaBio.
A intenção é adicionar ao regulamento a opção de diminuir as metas individuais do distribuidor de combustíveis com base em contratos de longo prazo estabelecidos entre os distribuidores de combustíveis e as Empresas Comercializadoras de Etanol (“ECEs”).
A possibilidade de reduzir a meta por meio de contratos de longo prazo entre distribuidores e produtores de biocombustíveis já estava prevista na Resolução ANP nº 921, de abril de 2023, que modificou a Resolução ANP nº 791/2019 para incluir essa opção. No entanto, a Resolução ANP nº 921/2023 não contemplava os contratos firmados entre distribuidoras e ECEs. Isso passou a ser permitido com a publicação da Lei 14.592, de 30 de maio de 2023, o que motivou a revisão aprovada.
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ANP prorroga prazo para cadastramento de contratos de longo prazo na Plataforma CBIO
Em 21 de dezembro de 2023, a ANP anunciou a extensão do prazo para o registro dos Contratos de Longo Prazo estabelecidos antes da implementação do módulo de registro desses contratos na Plataforma CBIO. O novo prazo vai até 31 de janeiro de 2024, uma decisão tomada após a análise das solicitações enviadas pelas distribuidoras de combustíveis.
Essa questão é abordada nos artigos 6º-A, 6º-B e 13-A da Resolução ANP nº 791/2019, que foi atualizada pela Resolução ANP nº 921/2023. Essas resoluções visam reduzir as metas anuais obrigatórias dos distribuidores de combustíveis por meio de contratos de longo prazo com produtores de biocombustíveis certificados no âmbito do RenovaBio.
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NOTÍCIAS
Crescimento do mercado de biocombustíveis no Brasil vai atrair mais de R$ 200 bilhões até 2037
Em 04 de dezembro de 2023, o MME ressaltou a capacidade do Brasil na produção de biocombustíveis em um painel sobre o Programa Combustível do Futuro na COP 28. A produção de combustível sustentável de aviação (“SAF”), diesel verde (também conhecido como HVO), etanol de segunda geração, além do etanol hidratado e biodiesel já existentes, poderiam atrair investimentos superiores a R$ 200 bilhões para o Brasil até 2037.
A projeção é de que somente a conexão entre o RenovaBio e o Rota 2030 resulte em R$ 105 bilhões. O RenovaBio é um dos principais programas globais para a redução de emissões de gases de efeito estufa no setor de mobilidade, com um sistema de CBIOs que compensa o produtor de biocombustíveis. Espera-se que mais R$ 15 bilhões sejam provenientes de investimentos combinados em SAF e HVO, e mais R$ 1 bilhão em combustíveis sintéticos.
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MME revela impacto positivo das melhorias no RenovaBio em 2023
Em 21 de dezembro de 2023, o MME divulgou o impacto positivo das aprimorações realizadas no âmbito do RenovaBio. O objetivo, para o ano de 2023, foi evitar a emissão de 37 milhões de toneladas de CO2. Atualmente, o programa conta com 324 produtores de biocombustíveis registrados e habilitados para emitir CBIOs. Esses créditos podem ser negociados na Bolsa de Valores e, em 2023, tiveram um preço médio de R$ 114,05. Durante o ano, os CBIOs movimentaram mais de R$ 4,19 bilhões.
No decorrer de 2023, a estratégia das metas do RenovaBio foi refinada por meio da AIR. O objetivo era estabelecer a melhor estratégia para propor metas de descarbonização para os próximos anos, especialmente para o período de 2024 a 2033.
Para o próximo ano, o Comitê RenovaBio (CRBio) definiu a meta de CBIOs em 38,78. Isso representa mais de 38 milhões de toneladas de CO2 equivalente pelo uso de biocombustíveis no setor de transportes.
As novas metas obrigatórias de descarbonização reafirmam o compromisso do Brasil em reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Elas estão focadas na diminuição da intensidade de carbono da matriz de transporte.
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